terça-feira, 8 de setembro de 2015

Chapter Five







Fanfic: Please don't leave me

Classificação+18
Gênero: Yaoi, Lemon, Drama (Tragédia).
Avisos: Homossexualidade, Linguagem Imprópria, Nudez, Sexo, Violência, Suicídio.

Chapter  Four






Hyukjae On

Finalmente senti ar puro invadir meus pulmões, permiti-me respirar, simplesmente. Mas mesmo em um lugar tão belo e tão calmo, o peso que carregava em meus ombros não se desfez.

A viagem até Jeju fora tranquila, Jhosep me levou até o aeroporto e com o mesmo disfarce que entrei no hospital peguei o avião.  Chegando na ilha aluguei um carro e segui em direção às montanhas, onde se situava o Chalé.
Não foi difícil de encontrar, era um lugar magnífico, afastado de tudo. Como ele dissera, parecia um pequeno vilarejo, havia várias cabanas do mesmo estilo, mas com uma distância considerável entre cada uma. Internamente era simples e sofisticado, um ambiente muito agradável e aconchegante.
De repente, senti um aperto no peito, larguei minha mala no chão e me atirei no sofá.

“Hyukkie, nós temos que tirar umas férias, só nós dois... Quem sabe em Jeju? Seria muito bom ficarmos juntinhos naquela praia linda!”

Não contive as lágrimas, deixei-as rolarem pelo meu rosto. Estava muito difícil viver sem meu amor.

Please Don’t leave me

Tentei viver lá por aproximadamente cinco meses.
Já não aguentava mais ficar sem ver Donghae. Siwon me mandava notícias todos os dias, mas era sempre a mesma coisa “Ele está bem, continua dormindo como um anjo”. Mandava-me fotos dele, mas era muito doloroso ver meu Hae apático, cheio de aparelhos conectados pelo seu corpo fragilizado.
Minha cabeça só me confundia. Toda noite sonhava com ele, vestido com roupas claras, lindo e saudável, vinha conversar comigo em Jeju, contava como sentia minha falta e que era pra eu me cuidar melhor, pois ele logo retomaria sua vida, nossas vidas.  Mas quando eu acordava aquele imenso vazio voltava para meu peito. O intrigante é que aqueles sonhos pareciam muito reais, mas a cada novo dia minhas esperanças diminuíam, pois ele não acordava.

Certo dia resolvi andar pelos rochedos, ia admirando aquela belíssima paisagem e subindo cada vez mais alto naquelas imensas montanhas. Ficava pensando nele, nos dias felizes que passamos juntos, no seu sorriso infantil, que me dava forças para encarar horas de ensaio. No dia que se declarou pra mim, na noite maravilhosa que passamos em Tókio, e principalmente, em como sentia sua falta.
Quando dei por mim estava na beira de um penhasco, então uma ideia antiga tomou meus pensamentos. Talvez, se eu morresse, esse peso sairia do meu peito e eu encontraria Donghae em algum lugar, afinal, ele jamais acordaria.
Dei uma olhada para baixo, era realmente muito alto e talvez, na queda, eu batesse nas rochas que haviam aquela imensidão azul. Respirei fundo, fechei os olhos e então tive a impressão de ter ouvido a voz dele.
“Hyukkie, não!”
Abri lentamente meus olhos na esperança de encontrar o dono daquela linda voz, mas só encontrei a bela paisagem. Talvez eu estivesse ficando louco.

“Hyukkie, se nós fossemos pra Jeju, eu adoraria subir em um penhasco”...
“Um penhasco Hae, ficou maluco?”
“Não amor, mas é que lá de cima, a vista da praia é muito mais bela!”

É Donghae, realmente a vista de cima é magnífica. O sol estava se pondo, me dando uma das mais belas visões da minha vida.
Minha morte teria um belo cenário!  Fechei novamente os olhos e dei um passo à frente.
“Hyukkie não! Por favor! Por mim, pelo nosso amor!”
Sua voz ecoava em minha mente, mas eu não iria voltar atrás. Essa voz era coisa da minha mente perturbada, não era real.
“Hyukkie, você tem que estar bem, pra... pra quando eu acordar”.
-Você não vai acordar!
Impulsionei-me para frente, mas parecia que ago me puxava para traz.
-Hae, é você?
“Lee Hyukjae, desista disso, eu imploro.”
Sua voz parecia cansada, chorosa. Eu sentia algo agarrado em meu pulso, como se sua mão me puxasse. Podia sentir sua presença ali.
Dei um passo para traz e senti meu braço livre do aperto.
-Me desculpe Donghae, me desculpe por ser um idiota, por ter estragado tudo, e me desculpe pelo que vou fazer agora, mas não posso mais viver em um mundo onde você não passa de uma alucinação.
Corri para frente e me atirei. O vento gélido batia forte em meu rosto, tudo aparentava estar em câmera lenta. Fechei meus olhos e senti tudo ficar frio e molhado. Então a escuridão tomou conta.

Please Don’t leave me

Sentia minha cabeça latejar, meu corpo tremia de frio, ouvi vozes e então abri meus olhos, estava na beira da praia, deitado na areia e tinha uma mulher perto de mim, falava algo que não fui capaz de compreender. Ao seu lado, com as mesmas roupas brancas, e uma expressão de preocupação, Lee Donghae.

Eu te amo
Eu te amei o tempo todo
E eu sinto sua falta
Estive tão longe por muito tempo
Eu continuo sonhando que você estará comigo
E você nunca irá embora
Paro de respirar se eu não te ver mais

Sentia um cheiro familiar, era sopa... Não sentia mais tanto frio, estava em algum lugar fechado.
Abri meus olhos e me deparei com uma senhora, a mesma que estava na praia, fazendo algo que eu acreditava ser sopa. Estava em uma casa simples, pequena, mas muito aconchegante. Reparei que estava com roupas secas, e um pouco largas. Sentei-me no sofá que estava deitado e a senhora andou em minha direção.
-Que bom que você acordou! Estava achando que teria que te levar ao hospital. – Ela aparentava ter uns sessenta anos, mas era muito simpática.
-Desculpe-me, mas onde estou? E como vim parar aqui?
-Eu te encontrei caído na praia, quase tendo uma hipotermia.  Pedi ao meu vizinho me ajudar a te trazer até aqui e lhe emprestar algumas vestes secas. Estou preparando uma canja bem quente pra você, espero que goste. – Falou indo em direção ao fogão.
-Como a senhora me trouxe até aqui? Digo, sou um estranho, não é nada prudente trazer estranhos desacordados para dentro de casa. – Ironizei.
-Havia outro rapaz com você, ele parecia muito preocupado. Foi ele que e chamou, me levou até você e pediu para te cuidar. Ele parecia um anjo, não tive medo algum em acatar seu pedido, e vejo que você é um bom rapaz. – Deu um sorriso.
Então eu não estava louco, Donghae realmente estivera ali! Mas como?
-Senhora, esse rapaz, ele lhe disse seu nome?
-Não, na verdade não tive tempo para perguntar, quando me virei e chamei meu vizinho ele sumiu. Mas estava com roupas claras, e tinha um belo rosto.
Senti meus olhos marejarem. A senhora, que se chamava Hyun-Ae, era realmente alguém de grande sabedoria, foi muito bom conversar com ela. Passei um dia em sua casa, contei brevemente minha história e ela ficou muito comovida, principalmente quando contei que o rapaz que a chamou estava em coma no hospital de Seul.
Seu vizinho, Park Min-Kyung, era um rapaz muito prestativo. Sonhava em ser astronauta, estava estudando física quântica.  Sua aparência me lembrava de Sungmin.

Despedi-me daqueles que foram tão legais comigo e voltei para a cabana. Mesmo tendo caído daquela altura, tinha somente um corte na testa, nada grave. Tinha certeza que Hae cuidara de mim. Juntei minhas coisas, dei uma ajeitada na minha aparência que estava deplorável, e fui para o aeroporto.

So far away (So far away)
Been far away for far too long
Tão longe (tão longe)
Estive tão longe por muito tempo

-Hyuk? - Ouvi uma voz familiar ecoar pelo quarto silencioso. –Posso entrar?
-Mas é claro Wonnie! – Caminhei até ele e deu um abraço apertado no meu amigo.
-Não acreditei quando vi a mensagem que você me enviou dizendo que estava aqui. Que saudades! Como você está? Que curativo é esse na sua testa?
-Calma Siwon! Você vai assustar Donghae! – Ele me olhou com uma expressão esquisita. Caminhei em direção ao corpo imóvel do meu amado. –Haezinho, eu vou ali conversar com o Siwon, não ouse acordar enquanto eu estiver fora! Espere-me viu! – Dei um beijo em sua testa.
-O que foi isso? – Siwon parecia assustado com minha ação. Fomos até a lanchonete ara conversar.
Contei tudo que aconteceu naquela ilha, de inicio não acreditou na historia, mas depois de pensar um pouco, não parava mais de chorar.

Fiquei sete dias seguidos no hospital, de plantão, esperando meu Hae acordar, mas nada aconteceu.
- Talvez eu tenha batido a cabeça na queda, e imaginei tudo aquilo. Talvez eu realmente esteja louco.
-Não diga isso Hyuk, o que é uma semana pra quem esperou todo esse tempo?- Siwon tentava e confortar.
-Ele não vai acordar, eu sou um babaca mesmo, eu... Minha cabeça está latejando.
-O que você acha de ir para minha casa comigo, tomar um banho e ter um noite de sono? Amanhã você retorna ao hospital.
-Tudo bem to precisando de um banho descente.

Despedi-me do Fish e fui com Siwon para sua casa. Tomei um banho, comemos uma macarronada feita pelo dono da casa e conversamos um pouco.
Depois desabei na cama e quando recobrei a consciência o sol já estava alto.
Won deixou um bilhete na bancada da cozinha dizendo que fora para o estúdio e que era pra eu comer algo antes de sair, e que o carro dele estava na garagem pra mim.
Fiz o que ele disse e fui para o hospital.
Como esperado, Hae continuava num sono profundo. Minhas esperanças se esgotavam a cada minuto.

-Sabe Hae, - Sentei ao seu lado e peguei sua mão. - Eu realmente acreditei que era você naquele dia em Jeju. Eu acreditei que você ia acordar, mas já faz uma semana que eu voltei, e nada?... Acho que tudo aquilo foi coisa da minha cabeça. – As lágrimas rolavam pelo meu rosto. – Eu nem ao menos pude te dar um beijo de despedida...

Então tudo pareceu ficar em câmera lenta.
Senti seus dedos apertarem os meus numa tentativa de segurar minha mão. Olhei-o espantado e ele respirava pesadamente, a máquina a qual estava conectado começou a apitar, me estiquei e com a mão livre apertei o interfone. Logo a sala estava cheia de médicos e enfermeiros, me pediram para sair, e quando soltei sua mão ouvi sua voz fraca.
-Hyu....Hyukkie.
Me amor havia voltado pra mim.

Eu preciso ouvir você dizer
Eu te amo
Eu te amei o tempo todo
E eu te perdoo
Por ter ficado tão longe por muito tempo
Então continue respirando
Porque eu não vou mais te deixar
Acredite e se segure-se em mim e nunca me deixe ir
Mantenha a respiração
Porque eu não vou mais te deixar
Acredite, segure-se em mim e nunca me deixe ir.



segunda-feira, 7 de setembro de 2015

Chapter Four





Fanfic: Please don't leave me

Classificação+18
Gênero: Yaoi, Lemon, Drama (Tragédia).
Avisos: Homossexualidade, Linguagem Imprópria, Nudez, Sexo, Violência, Suicídio.

Chapter  Four





O Super Junior não existe mais.

Minha cabeça rodopiou com tal revelação. Então o que Kyuhyun dizia era verdade, eu acabara com a ida de todos, eu era um desgraçado infeliz.

-Quando... Quando vocês decidiram acabar com o grupo?
-Faz tempo que não éramos mais um grupo, informamos as ELF’s à três dias por Hangout no Youtube, explicamos que estava na hora de cada um seguir seu caminho. Quando vi Kyuhyun saindo transtornado do dormitório acompanhado de Yesung hoje, sabia que ele viria até aqui, então chamei os outros para tentar conter o desastre, mas ele entrou antes de nós e o resto você viu...
-Mas, ele tem razão, eu acabei com a nossa família, não somos mais irmãos, o Hae ta nesse estado e tudo por minha culpa.
-Não Hyuk, mais do que ninguém sei que você não teve culpa e te peço perdão por não ter tido coragem pra ficar ao teu lado...
-Shin, você preservou tua carreira, jamais iria julgá-lo por isso... Estou chateado comigo mesmo isso sim!
-Hyuk...Me perdoa também? Eu fui muito injusto por não ter acreditado em você....
-Você estava abalado Min, assim como todos, e eu não tiro a razão de vocês, eu sou culpado, se eu não tivesse discutido com ele... EU SOU UM DEMÔNIO! – Joguei coisas que estavam na mesa do médico no chão, estava transtornado. – EU É QUEM DEVERIA IMPLORAR O PERDÃO DE VOCÊS! – Sungmin estava muito assustado, Shin o puxava para longe de mim. Jhosep adentrou a sala na companhia de dois enfermeiros e pediu para que eu me acalmasse e acompanhasse os enfermeiros até um quarto e descansasse um pouco. Fiz o que ele me pediu, cheguei ao quarto, sentei na cama e um dos rapazes deu-me um calmante, logo após apaguei.

Pov’s off

Jhosep deu água para Sungmin e os encaminhou para a sala onde estava Donghae. Os dois ficaram muito emocionados por ver o amigo depois de tanto tempo, e pelo estado que se encontrava. Logo deixaram o hospital. Mas Shindong esquecera o real motivo de sua ida até Hyukjae, as “ELF’s”.


Hyukjae acordou com um peso enorme na cabeça, aos poucos foi se recordando do ocorrido. Esfreguou os dedos nos olhos numa tentativa frustrada de acordar daquele pesadelo, mas infelizmente jamais acordaria da triste realidade que vivenciava. Ouviu leves batidas na porta.

-Jhos...Olá Siwon... – Olhou um pouco surpreso para a figura em sua frente.
-Não sou quem esperava ver? – Falou ironicamente e com um sorriso sapeca no rosto.
-Imagina Won, só pensei que fosse o médico...
-Ele estava conversando comigo lá fora, me pôs a par do ocorrido com os meninos. Sinto muito.
-Porque não me contou que tinha saído do grupo?
-Quis te poupar disso.
-Me poupar? Eu destruo a vida de todos e você quer me poupar? Não tem ideia da raiva que senti de mim mesmo quando os meninos me pediram perdão. Eu sou um monstro Won! Eu não mereço viver e... – Sentiu seu rosto arder. Siwon estava com o rosto retorcido tamanha indignação que demonstrava.
-Que esse tapa sirva de lição pra você nunca mais proferir tais palavras! – Virou-se e deixou o local.

Ficou um tempo naquele quarto pensando em tudo o que aconteceu ali. Desceu até o andar do Fish e viu que Kyuhyun e Yesung estavam saindo de lá. Escondeu-se no corredor ao lado até eles passarem e então de dirigiu ao quarto.
Perdeu a noção do tempo, quando deu por si eram nove horas da noite e os médicos já haviam trocado de plantão.
Despediu-se de Donghae e resolveu ir para casa, precisava de colo de mãe.

Foi a pé, a fim de tomar um ar e refletir um pouco sobre tudo o que acontecera.
Sua mãe não morava longe do hospital e o caminho não era muito movimentado. Ventava um pouco, resolveu pôr o capuz e então ouviu um grito.

-Não adianta se esconder nesse capuz! Nós sabemos que é você!
Não entendendo o que se passava, virou-se em direção à voz e viu um aglomerado de gente na esquina da casa de sua mãe com cartazes contendo seu nome, mas, diferente do que estava acostumado, eles continham ameaças.
-O que é isso? – Aproximou-se do grupo e se arrependeu muito. Sentiu algo acertar seu ombro e então uma chuva de pedras veio em sua direção. Correu e deu a volta no quarteirão, pulou o muro e a janela da sala assustando Sora. Quando ela ia perguntar algo ouviram um estrondo e vários cacos de vidro no chão. Um deles acertou o braço de Sora e então correram para o banheiro que possuía apenas uma basculante e eles não iriam acertar.
- Omma está na padaria? – Perguntou à irmã.
- Sim, o Appa está lá com ela, mas o que está acontecendo aqui?
- Eu não sei ainda, tinha um grupo na esquina, estavam com cartazes e começaram a me jogar pedras...- Mais estrondos vinham agora da cozinha.
- Hyuk... Eu vi no noticiário que algumas ELF’s estavam revoltadas com o fim do grupo e que achavam que você era o culpado... Será...
- Sim, você deve ter razão...Mas agora vamos cuidar desse corte.

Ligaram para a polícia e depois de vinte minutos a rua estava silenciosa. Arrumaram a bagunça e explicaram o ocorrido para os pais quando chegaram.

-Hyuk-ah, talvez essa cidade não seja segura pra você, pelo menos por enquanto...
- Ah e então você sugere o que Omma? Que eu me exile em uma ilha deserta?

Ficamos um tempo em silêncio.

-Meu filho, acho melhor você ir deitar, uma boa noite de sono pode lhe clarear a mente.
-Você tem razão Appa, vou me deitar. Boa noite a todos.

Tomou um bom banho e se joguei na cama, estava com marcas arroxeadas pelo corpo inteiro devido às pedradas. Ficou um bom tempo pensando em como iria sair dessa, as ELF‘s queriam seu fim, e não tirava a razão delas. Achava que devia pagar pelo que fez.
Quando dei por si já eram dez horas da manhã.
Queria ir até o hospital ver Donghae, mas se saísse na rua seria atacado novamente. Agora era um prisioneiro em sua própria casa.
Foi até a cozinha e notou que havia homens colocando janelas novas.

-Bom dia minha joia! Dormiu bem?
-É mais ou menos Omma...
-Você tem visita. Está te esperando na sala.

Peguei uma maçã em cima da bancada e fui até a sala, Siwon estava tomando um chá.

-Won, o que faz aqui?
-Primeiramente, vim pedir-te desculpas pelo tapa...
-Sem essa Won, eu mereci.
-Mas não foi só isso que me trouxe até aqui... Eu quero falar sobre a IU.
-O que tem essa megera?
-Eu descobri por que ela fez tudo aquilo, na verdade, desde o dia seguinte do acidente, quando encontrei ela no hospital, suspeitei que havia algo por traz disso.
-Como assim, ela foi ao hospital?
-Sim, desde então eu achei que essa história estava mal contada, mas acabei deixando de lado. Ontem ela me procurou depois de saber que o Super Junior havia terminado. A consciência pesou.
-Explique direito Siwon!
-Ela foi até minha casa ontem à noite, disse que era urgente e que se sentia culpada pelo que tinha acontecido. Deixei-a entrar e então ela me contou que seu manager viu a foto no notebook dela e obrigou-a a editá-la e postá-la no twitter. Ela disse que se arrepende muito por não ter falado a verdade, mas se tivesse feito isso teria perdido a carreira. Só que agora isso custou a carreira de todos os Super Juniors. Disse que mal consegue pregar os olhos à noite tamanha culpa que carrega.
-É bom que sinta culpa mesmo, mas isso não vai trazer minha vida de volta. Won, eu fui apedrejado ontem, quebraram os vidros da minha casa, Sora Noona se cortou!
-Sua mãe me contou, sinto muito por isso... Mas imagina o que essa menina tem suportado tendo que esconder isso, vendo que é a real causadora de tanta dor. Eu vi como ela está, e te digo, acho que está pior que você meu amigo, falava até em suicido...
-Nossa. Devo ter me tornado muito frio, porque não consigo sentir pena, só desprezo, isso me sou como um “bem feito”.
-Eu te entendo meu amigo, você sofreu de mais... Bom, tenho que ir para o estúdio, mais um dia de gravação.
-Won, me faz um favor?
-Sim, o que?
-Me leve até o hospital – Ele assentiu – Espera ai, vou pegar uma coisa.
Foi até o quarto e peguei a peruca que ganhou de Shindong, nunca pensou que usaria aquela coisa. Passou no quarto de Sora e pegou um sobre tudo, estava de calça jeans e all star, então não teria problemas.
Siwon riu do disfarce do amigo, o deixou nos fundos do hospital e então Hyukjae adentrou o ressinto sem muitos problemas.
Quando Jhosep o viu deu uma grande gargalhada. O menor olhou para o próprio reflexo e realmente estava engraçado. Contou ao médico o que aconteceu e ele escutou tudo calado. Quando terminou sua “historinha” ele se pronunciou.

-Hyuk-ah, talvez seja melhor você se manter afastado por um tempo, deixar as coisas esfriarem um pouco, colocar os pensamentos em ordem, ou você quer viver se escondendo por ai, se disfarçando disso e daquilo pra poder andar na rua...
-Mas Jhosep, o que eu faço? Pra onde eu vou?
-Eu tenho um pequeno chalé em Jeju, não é lá grande coisa, mas é bem afastado da cidade, nas montanhas. Fica numa espécie de vilarejo na ilha... Se quiser posso te emprestar. Minha esposa mandou reformá-lo não tem muito tempo, então creio que está ajeitado.
E então se dei conta que não sabia nada sobre o médico, nem se tinha família, mas estava tão constrangido que não teve coragem de perguntar nada.

-Talvez seja melhor mesmo...Aonde fica o chalé? – De repente exilar-se em uma ilha não fosse má ideia.