quinta-feira, 7 de janeiro de 2016

Capítulo único



Fanfic: Duas Chances. 

Classificação+18
Gênero: Yaoi, Lemon, Hentai, Drama (Tragédia).
Avisos: Homossexualidade, Bissexualidade, Linguagem Imprópria, Nudez, Sexo, Violência, Suicídio, Adultério.

 Palerma



https://www.youtube.com/watch?v=6CvuyaKmLnw


As roupas voavam pelo quarto, o menor sentiu o baque de suas costas na porta do guarda – roupas, mas não deu importância. No momento tinha coisa mais importante pra se preocupar, e uma delas era aproveitar a língua ousada do outro, que contornava cada curva de seu abdome. - Ai, Hyukkie- ahhh. – Gemia em resposta ao prazer que o maior lhe proporcionava.

-Puta merda Donghae, ta cada dia mais gostoso! Geme pra mim, geme.

-Hummmmm Eu... Eu quero. – Não conseguiu falar nada, pois o outro abocanhara todo o seu membro.

Agarrou os fios do loiro e assim passou a estocar na boca alheia.  Quando viu que não aguentaria mais tentou se afastar, mas Hyukjae o segurou pelas nádegas.

-Ah Hyuk eu...Eu não vou mais aguentar!  - Preencheu a boca do maior, que se levantou encarando-o felinamente, passando a língua no canto da boca para limpar a gota do sêmen de Donghae. Beijou-o ferozmente e jogou-o na cama.

-Vem Hyukkie, me faz teu, por completo vem.

-Você É meu Donghae, todo MEU. – Voltaram ao beijo e a mão de Hyukjae logo estava no membro do outro, fazendo-o despertar novamente.

O maior direcionou os dois dedos da destra à Donghae que prontamente abocanhou-os. Depois de bem lubrificados, foram introduzidos um a um no seu ânus. Logo foram substituídos pelo membro de Hyukjae.

-Humm Hae, tão apertado, tão gostoso! Fica de quatro pra mim, fica. Saiu de dentro do outro para que se virasse e logo o penetrou de uma só vez, estocando-o com força.

-Ahhhhhh.

-Porra! – Bateu com força em uma das nádegas fartas do menor. – Ha... Hae.

-Hyukkie eu vou... Hummm

-Vamos lá Hae, juntos.

Mais algumas estocadas e tudo aconteceu rápido de mais.

No momento em que chegaram ao clímax, dando urros de prazer, a porta se abriu e uma voz afeminada se fez presente.

-Amor eu... O QUE É ISSO LEE HYUKJAE? QUEM É ESSE... ESSE...

Ambos ainda estavam um tanto tontos devido orgasmo recente.

-Luna, me deixa explicar... – Falou saindo de dentro de Donghae e o cobrindo.

-Explicar o que? Aish primeiro se veste e manda esse daí colocar uma roupa e ir embora da nossa casa. Aliás...  – Então Donghae voltou à realidade.

-Hyuk, quem é ela?

-Hyuk, que é ele?

Disseram em uníssono.

-Eu sou a noiva dele.

-Eu sou o namorado dele.

Novamente falaram ao mesmo tempo, mas desta vez, ambos os corações foram partidos.

-Ok, entendi tudo. – Foi pegando suas roupas que estavam espalhadas pelo chão e as vestindo. – Me desculpem por me meter no meio do relacionamento de vocês. – Encarou um Hyukjae estático na esperança que reagisse. – Bom Luna não é? Desculpe-me por essa cena tão depravada. Adeus. – Depositou a aliança prateada em cima do criado mudo e saiu encostando a porta. Naquele momento Hyukjae percebeu que havia perdido seu amor, seu Donghae.

-Então esse é aquele seu amigo de infância que você quase teve um treco quando eu achei fotos suas. Ele melhorou muito hem. Pelo menos eu fui traída por um gostosão.

-O que é isso hem?

-O que, quer que eu pense que você ficou chateado por eu ter visto um rapaz peladão na NOSSA cama? Eu sei que você ficou com ciúmes de eu o chamar de gostosão.

-Calma, me deixa explicar. Nós nos ree...

-Para. Nós passamos cinco anos juntos. Eu já sabia ler você, mas agora com esse Doutorado, as coisas ficam mais claras ainda, quer ver só?

“Vocês eram melhores amigos de infância, viviam grudados um no outro, mas a amizade se transformou em amor e vocês passaram a ter uma relação mais íntima. Os pais do Donghae descobriram e mandaram-no estudar fora do país. Sua mãe não admitia sua opção sexual e fez você noivar logo com sua primeira namorada, que era uma trouxa apaixonada. Mas ai aparece uma oportunidade de um Doutorado nos Estados Unidos para essa namorada e Hyukjae super apoia a partida dela. Tão ingênuo que acha que ela nunca percebeu que ele estava sendo obrigado a ficar com ela. A bendita cuja vai e logo esse amigo volta a Seoul. Eles se reencontram e acabam tendo um relacionamento sério. Mas o coitado do Donghae não sabia que o canalha aqui era noivo, pois até aliança ele o dera”.

-Que clichê! Sério Hyukjae, eu estou com pena dele. Primeiro tem que deixar o país que mora e ser obrigado a estudar fora, longe do “seu amor” e agora que acha que vai viver feliz com ele descobre que foi enganado da pior maneira possível. Você é patético.

-Você só errou uma coisa. Foram os meus pais que descobriram, contaram para os dele e ele que levou a culpa. Ou seja, o covarde aqui não fez nada pra impedir. – Falou, admitindo a culpa e se vestindo finalmente, de cabeça baixa.

-Assim com agora, ele disse que ia embora, encarou você na esperança que você fizesse algo e tudo que fez foi ficar ai com essa cara de mongo. Mas tenho uma notícia pra você: Você ME perdeu porque quero seguir em frente, longe dessa palhaçada e perdeu ELE, porque eu duvido que ele vá querer te escutar. Uma pessoa ferida já fica diferente. Mas duplamente ferida, pela mesma pessoa, do mesmo jeito, já era. O pobrezinho agora deve estar com o coração partido e depois que cicatrizar, porque sim, dessa vez vai cicatrizar, o coração dele vai virar uma rocha inquebrável. Parabéns, você acabou com a capacidade dele amar e confiar nas pessoas. A não ser que apareça alguém muito especial, que combine muito bem com ele e que o faça feliz, mas é óbvio que não vai ser por completo.

-Eu...

-Ahhhh idiota! Eu vou dormir na casa da minha mãe. Amanhã de manhã quero essa casa arrumada e a maioria das suas coisas empacotadas porque vamos vender ela e o que já tínhamos de enxoval.

Saiu batendo a porta, carregando a mala que trouxera consigo.

Hyukjae ia absorvendo tudo que acontecera, mas quando viu duas alianças no criado mudo, ambas com seu nome gravado, desesperou-se.

-Donghae, meu Donghae!

Tentou ligar, mas o mais novo não o atendia.

Pegou o primeiro calçado que viu pela frente e correu até o estacionamento, entrou no carro e dirigiu até a casa de Donghae.

 

¨¨¨*¨¨¨

O mais novo não chorou, não tinha motivos para isso. Sabia que havia algo errado com Hyukjae desde que se reencontraram.  Só não esperava que ele fosse noivo e pior, que continuasse sendo aquele palerma sem atitude. Se ele o amasse de verdade, teria lutado pelo seu amor, contra seus pais, mas ele não fez absolutamente nada, NADA! Por causa disso teve que abandonar tudo para estudar num pais que nem falar o idioma local sabia. Demorou um tempo pra se acostumar com o francês, mas um amigo chinês que fez por lá e falava vários idiomas, Henry, o ajudou muito. Perdeu contato com os próprios pais e logo que ele e Henry terminaram a faculdade de Química, vieram morar em Seoul. Foi questão de dias para reencontrar Hyukjae, que fez de tudo para conquistar o coração magoado de Donghae até que o mais novo cedeu. Ah como estava arrependido! Porque não escutou os concelhos do amigo? Hyukjae sempre fora um canalha sem atitude e pensando bem, talvez nem o amasse tanto assim.

Deixou o carro no estacionamento do prédio e subiu calado.

-Donghae! Achei que ia dormir fora! Quer jantar? – Henry dizia em frente ao fogão. Estava fazendo panquecas com molho branco. – Hae?

Só negou com a cabeça e se dirigiu para o quarto.

-Não me vem om essa de “não quero falar sobre isso”, eu sei que foi aquele canalha.

-Se sabe por que pergunta? – Respondeu seco.

-Ok, não esta mais aqui quem falou. – Foi andando de volta pra cozinha.

Donghae respirou fundo e entrou no banheiro, uma boa ducha ia fazer-lhe bem.

Estava tão bom ficar embaixo d’água, mas começou a escutar vozes.

“Desgraçado! O que está fazendo aqui”?

“Onde ele está? Preciso me explicar eu”...

“Ele não quer falar com você”!

Hyukjae a argumentar, mas de repente, tanto ele quanto Henry escutaram a voz grave de Donghae.

-Eu não tenho mais nada pra falar com você. Você teve duas chances e as ignorou. Agora EU não quero mais nada com você. Acabou Hyukjae, na verdade acabou há seis anos.

-Mas peixinho...

Foi retribuído por um olhar mortal, mas magoado.

-Adeus, Lee Hyukjae.  – Entrou no quarto e fechou a porta.

-Por gentileza. - Henry apontava para a porta aberta.

Hyukjae saiu de cabeça baixa, chorando silenciosamente.

Donghae escutou três leves batidas na porta e o som dela sendo aberta lentamente.

-Vai embora. – Havia vestido um pijama e se deitado, cobrindo- se até a cabeça.

-Não, eu não vou e você sabe disso. Poxa Hae, odeio te ver assim. – Sentou-se ao lado do travesseiro do outro, que descobriu a cabeça e a colocou no colo do amigo.

-Eu sou um idiota iludido.

-Tentei tanto te proteger, avisei tanto pra não se aproximar desse cara. Sempre desconfiei dele. O que ele fez?

-Ele tem uma noiva Henry, uma noiva que pegou ele me fodendo com tudo na cama DELES! Eu achei que ele era sozinho, que havia me esperado assim como eu o esperei.

-Meu Deus Hae! Uma noiva? Coitada! Esse idiota partiu os corações de duas pessoas ao mesmo tempo!

-Eu tive que abandonar tudo Henry, tudo, até meus pais, que até hoje não querem nem escutar meu nome. E ele pela segunda vez me deixa ir.

-Quem sabe não seja o certo?

-Como assim “o certo”?

-Meu amigo, se ele te deixou ir, vai. Segue sua vida. Se permita novas aventuras, novas escolhas, novos amores... Experimente o melhor da vida e não a desperdice chorando por quem não te merece.

-Sabe, você tem razão. Chega disso. Dessa vez a ferida cicatriza.

 

¨¨¨*¨¨¨

Dois anos se passaram. Luna e Hyukjae se separaram, venderam e repartiram os bens, assim, Hyuk conseguiu comprar um apartamento pequeno para si. Ela já estava em um relacionamento sério com outra pessoa, um colega de profissão. Ele virou escritor, e em seus poemas relatava seu amor por Donghae, além da culpa e da dor que sentia.

Já o outro realmente seguiu em frente. Ele e Henry abriram um escritório de consultoria e análises químicas. Henry estava namorando uma bailarina, Ye-won e Donghae conheceu Cho Kyuhyun em um congresso de dejetos que contaminam os rios. Estavam juntos há alguns meses e quem sabe, dessa vez Hae seja realmente feliz.

 

-Você vai mesmo à psicóloga Donghae?

-Já estou entrando no consultório Kyunie, daqui a pouco ligo pra você.

-Ok, se vai ser melhor pra você tudo bem meu amor. Te busco quando você for liberado e vamos jantar naquele restaurante que você adora.

-Certo. Beijos.

-Boa sorte lá, beijos!

 

-Senhor Lee, a Doutora Park está lhe aguardando.

-Com licença Doutora Park Sun-young – Fez reverência. – Me chamo...

-Lee Donghae. Quanto tempo não é mesmo? Da última vez que nos vimos não tivemos uma experiência muito agradável e nem fomos devidamente apresentados. Sente – se! – Falava com um sorriso no rosto.

-Olá, Luna.