segunda-feira, 2 de janeiro de 2017

Capítulo único



Fanfic: Outono. 

Classificação+18
Gênero: Yaoi, Lemon, Hentai, Drama (Tragédia).
Avisos: Homossexualidade, Suicídio.
Outono





Outono

As folhas caem silenciosamente, dançando no vento.
As botas caminham em direção ao parque.
O homem senta em um banco, um banco especial.
Fica assistindo as crianças brincarem no escorregador e pulando em pilhas de plátanos os fazendo voar e então juntam novamente para repetir o ato.
Um sorriso discreto nasce no canto dos lábios amargos e cheios de saudades.
Poderia ser um dos tantos pais que estão esperando o filho que brincava na pracinha.
Mas não era.
Não podia.
Não mais.
Um vento um tanto mais gélido serpenteia seu corpo bagunçando seu cabelo.
Uma gota silenciosa escorre pela bochecha.
É hora de ir para casa.
Mas que casa?

Inverno

Uma xícara de chocolate quente.
Seu vapor caloroso e aroma delicioso subindo.
A xícara é levada até os lábios.
Lábios finos, rosados.
Lábios cheios de saudade e amargura que nem o doce chocolate consegue amenizar.
Uma nota é colocada em cima da mesa e a porta se abre.
Passos deixam pegadas na neve branquinha e vão em direção do parque.
O homem senta em um banco, um banco especial.
Fica assistindo crianças brincando na neve, se atirando pequenas bolas de gelo.
Uma gota silenciosa escorre pela bochecha.
É hora de ir para casa.
Mas que casa?

Primavera

A estação das flores está de volta.
Mas o colorido de antigamente se tornou cinza.
Passos de dirigem para o banco no parque.
O homem senta e assiste crianças brincando no parquinho.
Vê um vendedor de algodão doce e compra um de cor azul. Era sua cor favorita outrora.
O doce é levado até os lábios finos e rosados.
Lábios amargos e cheios de saudade que nem o doce do algodão doce é capaz de amenizar.
Uma gota silenciosa escorre pela bochecha.
É hora de ir para casa.
Mas que casa?

Verão

O calor não aquece mais e nem mesmo o sol lhe dá vontade de sair.
Mesmo assim vai até o parque e se direciona até o banco.
Assiste as crianças brincarem e se lambuzarem com sorvetes.
Sabe que esta quente, seu corpo está suado, mas não retira o moletom.
O vendedor de sorvetes chega perto de si.
Compra um de morango.
Outrora morango lhe fazia sorrir.
Ver o sorriso gengival lhe sorrindo de volta lhe dava calor.
Agora morango lhe desce pela garganta sem gosto algum.
Nem o sorvete doce consegue amenizar a amargura e saudades de seus lábios.
Uma gota silenciosa escorre pela bochecha.
É hora de ir para casa.
Mas que casa?

Outono

Novamente as folhas caem em torno de si.
Sentado no banco da praça olha as crianças brincando no escorregador e pulando em pilhas de plátanos os fazendo voar e então juntam novamente para repetir o ato.
Um sorriso discreto nasce no canto dos lábios amargos e cheios de saudades.
Quantas vezes ouviu os lábios cheios lhe dizerem que queria um filho?
Quantas vezes viu aquele sorriso gengival olhar as crianças brincando sentado ali naquele banco?
Quantas vezes viu seu amado segurar sua mão e depois de um beijo apaixonado lhe dizer “ Eu te amarei eternamente meu príncipe” ? 
Levantou e andou, andou, até chegar ao apartamento. Olhou todo seu interior, escreveu uma carta endereçada à sua amada mãe.
Depois dos preparativos finalmente deu o salto para a liberdade!

Agora estava junto do seu amor.
Sua casa.
Lee Hyukjae


“Lee Donghae foi encontrado morto depois de se atirar do décimo andar do edifício que morava. Segundo sua mãe, ele deixou uma carta de despedida. Ela ainda comentou que ele nunca mais foi o mesmo desde a morte do marido, Lee Hyukjae, morto em um acidente de carro o qual o próprio Donghae dirigia embriagado. Donghae será velado e enterrado ao lado do marido(...)”.