Fanfic: Outono.
Classificação: +18
Gênero: Yaoi, Lemon, Hentai, Drama (Tragédia).
Avisos: Homossexualidade, Suicídio.
Outono
Outono
As
folhas caem silenciosamente, dançando no vento.
As
botas caminham em direção ao parque.
O
homem senta em um banco, um banco especial.
Fica
assistindo as crianças brincarem no escorregador e pulando em pilhas de
plátanos os fazendo voar e então juntam novamente para repetir o ato.
Um
sorriso discreto nasce no canto dos lábios amargos e cheios de saudades.
Poderia
ser um dos tantos pais que estão esperando o filho que brincava na pracinha.
Mas
não era.
Não
podia.
Não
mais.
Um
vento um tanto mais gélido serpenteia seu corpo bagunçando seu cabelo.
Uma
gota silenciosa escorre pela bochecha.
É
hora de ir para casa.
Mas
que casa?
Inverno
Uma
xícara de chocolate quente.
Seu
vapor caloroso e aroma delicioso subindo.
A
xícara é levada até os lábios.
Lábios finos, rosados.
Lábios cheios de saudade e amargura que nem o
doce chocolate consegue amenizar.
Uma
nota é colocada em cima da mesa e a porta se abre.
Passos
deixam pegadas na neve branquinha e vão em direção do parque.
O
homem senta em um banco, um banco especial.
Fica
assistindo crianças brincando na neve, se atirando pequenas bolas de gelo.
Uma
gota silenciosa escorre pela bochecha.
É
hora de ir para casa.
Mas
que casa?
Primavera
A
estação das flores está de volta.
Mas
o colorido de antigamente se tornou cinza.
Passos
de dirigem para o banco no parque.
O
homem senta e assiste crianças brincando no parquinho.
Vê
um vendedor de algodão doce e compra um de cor azul. Era sua cor favorita
outrora.
O
doce é levado até os lábios finos e rosados.
Lábios
amargos e cheios de saudade que nem o doce do algodão doce é capaz de amenizar.
Uma
gota silenciosa escorre pela bochecha.
É
hora de ir para casa.
Mas
que casa?
Verão
O
calor não aquece mais e nem mesmo o sol lhe dá vontade de sair.
Mesmo
assim vai até o parque e se direciona até o banco.
Assiste
as crianças brincarem e se lambuzarem com sorvetes.
Sabe
que esta quente, seu corpo está suado, mas não retira o moletom.
O
vendedor de sorvetes chega perto de si.
Compra
um de morango.
Outrora
morango lhe fazia sorrir.
Ver
o sorriso gengival lhe sorrindo de volta lhe dava calor.
Agora
morango lhe desce pela garganta sem gosto algum.
Nem
o sorvete doce consegue amenizar a amargura e saudades de seus lábios.
Uma
gota silenciosa escorre pela bochecha.
É
hora de ir para casa.
Mas
que casa?
Outono
Novamente
as folhas caem em torno de si.
Sentado
no banco da praça olha as crianças brincando no escorregador e pulando em
pilhas de plátanos os fazendo voar e então juntam novamente para repetir o ato.
Um
sorriso discreto nasce no canto dos lábios amargos e cheios de saudades.
Quantas
vezes ouviu os lábios cheios lhe dizerem que queria um filho?
Quantas
vezes viu aquele sorriso gengival olhar as crianças brincando sentado ali
naquele banco?
Quantas
vezes viu seu amado segurar sua mão e depois de um beijo apaixonado lhe dizer “
Eu te amarei eternamente meu príncipe” ?
Levantou
e andou, andou, até chegar ao apartamento. Olhou todo seu interior, escreveu
uma carta endereçada à sua amada mãe.
Depois
dos preparativos finalmente deu o salto para a liberdade!
Agora
estava junto do seu amor.
Sua
casa.
Lee
Hyukjae
“Lee Donghae foi encontrado morto depois de se atirar do décimo andar
do edifício que morava. Segundo sua mãe, ele deixou uma carta de despedida. Ela
ainda comentou que ele nunca mais foi o mesmo desde a morte do marido, Lee
Hyukjae, morto em um acidente de carro o qual o próprio Donghae dirigia
embriagado. Donghae será velado e enterrado ao lado do marido(...)”.